#9 A quem são atribuídas os efeitos das mudanças climáticas?

 

E aí pessoal? Levamos a vocês hoje um papo muito bacana que tivemos e enriquecedor sobre os efeitos do aquecimento global. As discussões sobre mudanças climáticas geralmente se concentram no que acontecerá no futuro, mas seus efeitos na saúde das pessoas já estão presentes hoje. Embora muitos acreditem que o aquecimento global só tem consequências para o meio ambiente, na verdade tem um forte impacto, direto e indireto, também nos seres humanos e em suas vidas quotidianas.

Basta dizer que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os efeitos à saúde devido às mudanças climáticas, em particular aqueles relacionados ao aquecimento progressivo do planeta, devem ser considerados entre os problemas de saúde mais significativos a serem enfrentados nos próximos dez anos.

As mudanças climáticas mudam as condições da Terra, por isso é óbvio que seus habitantes também são afetados.

Você já deve saber que o aumento das temperaturas pode afetar a qualidade do ar, pois aumenta os níveis de poluentes e ozônio na atmosfera. De acordo com a OMS, o mundo aqueceu cerca de 0,85 graus Celsius nos últimos 130 anos. Esse aumento de temperaturas tem sido associado a um aumento na poluição do ar, o que é prejudicial para os asmáticos.

E, de fato, nos Estados Unidos, as taxas de asma já estão subindo, com mais de 4 milhões de pessoas sofrendo da doença. Acreditem, até nosso sistema cardiovascular sofre com isso: O clima quente pode resultar em condições que sobrecarregam o sistema cardiovascular, aumentando o risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e outros eventos cardíacos importantes.

De acordo com um relatório publicado pela Universidade de Melbourne, o aquecimento global pode, de fato, afetar não apenas a quantidade de suprimentos de alimentos disponíveis entre agora e o futuro próximo, mas também os sabores que conhecemos e, em última análise, nossos gostos alimentares. Mesmo as fazendas não serão imunes às ondas de calor. Entre os vários efeitos colaterais, o estudo relata que altas temperaturas afetarão o apetite de bovinos e aves e a qualidade da carne será afetada, tornando-a dura e de difícil digestão.

Os efeitos da crise climática sobre os seres humanos, de fato, não se detêm em fenômenos visíveis, mas também levam a um aumento de doenças como malária, diarréia e desnutrição.

Você sabia? Você dorme cada vez menos. Não, não é por causa do stress ou da vida neurótica, mas das mudanças climáticas. Um novo estudo mostrou que o aumento das temperaturas está corroendo as horas de descanso em todo o mundo. E é provável que piore à medida que o planeta fica ainda mais quente. O estudo, publicado na revista One Earth, revelou que as noites quentes roubam uma média de 44 horas de sono por pessoa a cada ano. E fazem com que cada um de nós tenha cerca de 11 noites de sono inadequado — menos de sete horas em uma noite — a cada ano. Como esses dados surgiram? Pulseiras de monitoramento do sono foram usadas, o que permitiu fornecer detalhes específicos sobre um desconforto em "escala planetária".

Nossa pergunta é: Como e quando as noites podem ser chamadas de quentes? Descobriu-se que, quando a temperatura está acima de 30 graus, a duração média do sono diminui em pelo menos 14 minutos. Se os combustíveis fósseis e outras emissões intensivas de carbono continuarem de acordo com os padrões atuais até 2099, os pesquisadores preveem que as noites quentes podem tirar até 58 horas de sono por pessoa a cada ano.

Dormir menos, no entanto, não é insignificante. Por quê?

A privação de sono está ligada a tudo o que é prejudicial ao nosso bem-estar: má saúde mental, redução do funcionamento do sistema imunológico, pressão alta, diabetes, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ou derrame. A produtividade também é atingida: pesquisas mostram que aqueles que dormem menos têm "resultados significativamente piores de produtividade, desempenho e segurança". Dormir mal, em suma, significa viver mal e até 20 minutos por noite pode fazer uma enorme diferença.

A pergunta que não quer calar: mas é tudo culpa do homem? As mudanças climáticas são atribuídas somente a nós?

O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que apenas 5% dos aumentos climáticos podem vir de causas naturais, 95% continua sendo responsabilidade humana. A verdadeira diferença mais uma vez deverá ser feita pelas pessoas: cada um de nós pode dar uma contribuição decisiva, adotando um estilo de vida mais responsável, um consumo consciente.

E você? Já parou para pensar nisso e na importância de fazer a sua parte?