#7 Breve história da fibra natural mais usada na moda

Falamos tanto…impactos ambientais, moda sustentável, porém sabemos pouco sobre uma das mais importantes matérias-primas da indústria têxtil, o algodão.

 

 

Da Índia ao Peru, do leste ao oeste, o algodão é a planta de mil usos que desde os tempos antigos tem sido cultivada, processada e apreciada em todos os cantos do mundo.

A fibra de algodão é, de fato, a mais usada junto com a lã e processada há muitos séculos.

Algodão é mil anos de história. Os primeiros sinais de sua presença datam de 9.000 anos atrás. É naquela época, tão remoto, que as primeiras sementes da planta foram encontradas, no Vale do Indo. Seu nome latino Gossypium vem do egípcio Gossypion e ainda é o termo científico usado para se referir ao algodão hoje.

               

“The Cotton Peakers”, quadro de Winslow Homer de 1876

 

É uma planta encontrada em muitos continentes, incluindo a América, onde os maias, astecas e incas trabalharam e usaram amplamente essa fibra milhares de anos antes do nascimento de Cristo. Na verdade, arqueólogos encontraram cápsulas e tecidos de algodão que datam de 5800 aC. Impressionante, não é?

 

Atualmente, o algodão é usado principalmente no setor têxtil, onde encontramos variedades de roupas ou embalagens em algodão natural cru ou tecido de algodão colorido, e praticamente nada é jogado fora da planta, na verdade, é usado de várias maneiras:

Algodão hidrófilo é produzido a partir da fibra. Parte mais importante do algodoeiro.

O óleo alimentar é obtido das sementes;

E a partir da celulose outros tipos de produtos são fabricados.

 

 

Agora… o desafio é: algodão orgânico e algodão sustentável são a mesma coisa?

 

Se você sempre relaciona a palavra sustentabilidade a produtos orgânicos, saiba que não é o único. Por conta da aparente afinidade dos propósitos das duas palavras existe essa confusão. Muita gente acaba compreendendo que o algodão sustentável é a mesma coisa que algodão orgânico. Porém, temos uma notícia: são coisas completamente diferentes.

O algodão considerado sustentável nem sempre é orgânico e vice-versa. Muito dessa confusão acontece por conta do barulho gerado pelas palavras “orgânico” e “sustentável” nos últimos anos.

 

 

 

O algodão orgânico vem de uma técnica de produção que não permite o uso de defensivos ou fertilizantes sintéticos (químicos), assim como de tecnologias como sementes transgênicas. Os cultivos orgânicos, geralmente, são realizados em terrenos menores e atendem uma demanda limitada, já que dependem, exclusivamente de fatores naturais.

Por conta da produção em quantidade reduzida, o algodão orgânico acaba tendo um valor de mercado bem maior. Isso quer dizer que para o consumidor final, uma peça de roupa, por exemplo, custará bem mais do que se fosse feita com a fibra cultivada de forma convencional.

O algodão sustentável, por outro lado, é cultivado de maneira tradicional, com o uso de tecnologias de ponta que possibilitam o controle de pragas e ajudam a manter o padrão de qualidade da fibra.

O aproveitamento do algodão é total!

Para ser considerado sustentável, o algodão precisa respeitar os três pilares básicos do conceito da sustentabilidade:

 

Ambiental: a produção deve preservar o meio ambiente onde está inserida.

Social: a produção deve respeitar todo e qualquer sistema que envolva empresas e instituições, trabalhando para que haja relações dignas e bilaterais entre as partes. 

Econômico: a produção deve promover práticas econômicas justas e que colaborem para o desenvolvimento do seu ecossistema de mercado e do país.

 

Camiseta Feel The Nature feita em algodão orgânico

 

Interessante, não é? Agora que estamos mais e melhor informados, até nosso próximo encontro!